O que é Design Thinking e como utilizá-lo na sua empresa
O que é Design Thinking e como utilizá-lo na sua empresa
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Popularizado nos últimos anos, o Design Thinking é uma abordagem criada para resolver problemas complexos de forma diferente: ele coloca as pessoas no centro do processo, para, através da colaboração, encontrar soluções criativas e inovadoras.
Você certamente já ouviu alguém falando sobre Design Thinking, principalmente no contexto de empresas de tecnologia. Mas você sabe como colocá-lo em prática no dia a dia da sua empresa?
Por ser uma abordagem, uma maneira de agir, o Design Thinking pode ser aplicado a diversas situações em uma empresa. Desde a concepção de um produto até a criação de um modelo de negócios, passando por problemas dos clientes.
Neste artigo, você vai entender o Design Thinking em detalhes, para começar a usar o conceito na sua empresa. Vamos lá?
O que é Design Thinking
O Design Thinking é uma abordagem que tem o objetivo de resolver problemas complexos com soluções criativas e inovadoras, utilizando as pessoas como elemento central.
Falando assim, pode soar um pouco confuso, mas o Design Thinking é exatamente isso: pessoas de diferentes competências são reunidas em um processo de imersão, para aproveitar a experiência de cada uma.
A premissa do Design Thinking é a convicção de que, se os indivíduos entenderem os métodos e processos que os designers usam para criar soluções, será possível elevar o nível de inovação e encontrar soluções que realmente atendam as necessidades do cliente, porque ele também é colocado no centro do processo.
Entre as grandes empresas que utilizam o design thinking, é possível citar gigantes como Apple, Coca-Cola e IBM.
A Apple, inclusive, teve a sua imersão em design thinking estudada por especialistas, porque foi transformacional dentro da empresa, e deu origem à revolução que é conhecida por todos.
O Site Designorate, por exemplo, publicou o estudo de caso Design Thinking Case Study: Innovation at Apple. Eles explicam que, depois que Steve Jobs retornou à Apple em 1997, ele passou a adotar os princípios de design thinking. Os esforços foram concentrados nas seguintes premissas:
- Necessidades e desejos das pessoas
- Empatia com o usuário
- Design pensado junto à engenharia do produto
- Construção de produtos simples e fáceis de usar
Por meio dessa transformação, a Apple conseguiu desenvolver uma revolução no mercado de tecnologia, conquistando fãs que funcionam como evangelizadores da marca, tamanha a idolatria pelos produtos.
Os três pilares do Design Thinking
É possível citar três pilares que permeiam todas as ações focadas em Design Thinking:
Empatia
No Design Thinking, a empatia é palavra de ordem, porque ela garante que os indivíduos que participam da imersão vão deixar pré-julgamentos e convicções pessoais de lado, para enxergar pelos olhos do público alvo.
Sem empatia, é impossível agregar valor para o consumidor final. Isso acontece porque o que é melhor para você talvez não seja o melhor para o consumidor que está na ponta do processo.
Colaboração
Além da empatia, a colaboração é outro pilar fundamental do Design Thinking, porque todo o aprendizado surge de um trabalho coletivo de imersão no problema.
Para isso, profissionais multidisciplinares se juntam e dão a sua opinião sobre determinado assunto, sempre colocando o consumidor em perspectiva.
Essa variedade de perspectivas é essencial ao processo, porque enriquece e aprofunda a discussão e a criação.
Além disso, a colaboração exige um equilíbrio entre falar e ouvir. As impressões de cada pessoa são somadas, para dar origem a um resultado coletivo.
Experimentação
Não existe nada melhor do que a experimentação para comprovar uma ideia e testar um protótipo.
Por mais que você se esforce e tente abraçar todas as variáveis de um processo, é só a aceitação do consumidor final, na prática, que garantirá o sucesso.
Com a experimentação, o objetivo também é errar o mais cedo possível, para aprender o mais rápido possível. É desse aprendizado que surgem soluções realmente inovadoras e alinhadas aos desejos do consumidor final.
Como aplicar o Design Thinking na prática
Agora que você já entendeu o que é o Design Thinking e quais são as premissas que o regem, é hora de entender como aplicar o conceito na prática.
Não existe um passo a passo para adotar o Design Thinking, porque a abordagem é holística. Não há uma sequência, o processo não é linear. Cada etapa integra a outra, que tem impacto sobre todas ao mesmo tempo.
Mesmo assim, é possível se nortear por alguns aspectos no momento da imersão.
O primeiro passo é ter um objetivo claro e bem definido. Depois disso, algumas ações podem nortear o processo:
Entendimento
É onde tudo começa. A equipe se reúne e se organiza para estabelecer como será o fluxo de trabalho. São estabelecidas regras de convivência e um cronograma é traçado. Depois disso, é hora de levantar os dados disponíveis, detalhando o problema, aprofundando ao máximo possível.
Observação
Neste momento, os participantes se inserem no contexto do problema, para conhecer os detalhes. Na criação de um produto, por exemplo, o foco é entender os requisitos para que a solução seja bem aceita.
Ponto de Vista
Nesta fase, cada participante do Design Thinking compartilha as impressões e informações que obteve e que considera essenciais para a construção da solução. Aqui, um profissional aprende com o olhar do outro.
Ideação
A ideação é a fase em que o projeto começa a sair do papel e tomar forma. Aqui, as soluções passam a ser cogitadas e discutidas, porque o problema já foi amplamente destrinchado. Não é o momento de julgar as ideias, e sim de criá-las.
Prototipagem
Chegou o momento de criar uma versão da solução que se aproxime o suficiente da realidade para poder ser testada com potenciais clientes ou consumidores. Não esqueça de elencar quais serão os objetivos da avaliação e os critérios que serão considerados.
Teste
O teste é o momento do desapego, porque tudo que foi construído ao longo dos dias será colocado à prova, e algumas soluções podem se provar inúteis ou dispensáveis. Nesta hora, você precisa estar aberto e disposto a aprender diantes dos sinais de satisfação ou insatisfação dos consumidores.
Passando pela fase de teste, é hora de absorver o feedback e retornar ao projeto para implementar as melhorias. Ao fim de tudo isso, você terá em mãos uma solução criativa e inovadora, pensada por diversas pessoas e testada com consumidores.
E aí, gostou do texto?
Na Bravi, o Design Thinking é utilizado com bastante frequência, tanto de forma interna quanto externa. Os resultados costumam ser rápidos e excelentes. E você, gosta dessa abordagem? Compartilhe com a gente suas impressões!