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Gamificação na educação significa utilizar técnicas, dinâmicas e estratégias típicas dos jogos para estimular o aprendizado. 

A gamificação na educação vem se popularizando ao longo dos anos, e já mostrou resultados positivos entre crianças, pré-adolescentes, jovens e até adultos, seja para ensinar disciplinas na escola ou capacitar um funcionário na empresa.

Neste artigo, você vai entender como a gamificação pode ser utilizada na educação, quais são as vantagens de adotar essa prática no dia a dia e como iniciar a sua estratégia para alcançar maior engajamento o quanto antes.

Ao fim do artigo, você não vai apenas reconhecer todo o potencial da gamificação na educação — vai estar preparado para aplicar a gamificação a outros contextos, sempre com o foco na otimização do aprendizado. 

Vamos lá?

O que é gamificação na educação

Falando de forma simplificada, gamificação, do inglês gamification, é a ação de utilizar recursos e elementos de jogos no cenário da educação, para estimular o aprendizado e despertar o interesse dos alunos.

Há várias maneiras de fazer isso, das mais sutis às mais avançadas.

Quando uma professora no Ensino Fundamental divide seus alunos em equipes e os desafia a soletrar palavras, em uma competição em que a equipe que mais acertar receberá algum tipo de prêmio ou benefício, ela está gamificando.

Quando uma empresa utiliza um aplicativo para que os funcionários desafiem uns aos outros em duelos de conhecimento a respeito de uma nova tecnologia ou linguagem adotada pela empresa, ela está gamificando.

Deu para entender como a gamificação é utilizada em diferentes contextos, sempre com o objetivo de estimular o aprendizado?

O sucesso da gamificação está relacionado a um motivo que parece bastante óbvio: jogar é muito mais divertido do que estudar. 

A explicação está no fato de que os games proporcionam feedback imediato, imersão e colaboração.

Reunidas, essas três características despertam o interesse dos jogadores e são utilizadas nos sistema de ensino ou na sala de aula para reduzir o desinteresse dos estudantes.

Vale lembrar que essa é, inclusive, uma das principais causas da evasão escolar no Brasil

De acordo com o Censo Escolar, realizado anualmente, há cerca de 900 mil adolescentes entre 15 e 17 anos fora da escola. 

Entre os motivos apontados para esse problema, estão a realidade financeira, a necessidade de trabalhar, a dificuldade de acesso à escola e a falta de interesse

Ou seja: a escola, em muitos casos, não é capaz de motivar e despertar a atenção dos jovens. 

Se você passou parte da infância trancado em salas de aula para acompanhar aulas tediosas de professores sem inspiração, tratando de assuntos que pareciam distantes de qualquer aplicação prática na sua realidade, sabe do que estamos falando. 

E é justamente nesse cenário em que atrair a atenção do aluno é um desafio que a gamificação surge como uma grande arma dos educadores.

Mas, antes de entender como aplicar a gamificação na prática, é fundamental compreender as principais vantagens de adotar esse processo no dia a dia. 

O engajamento e o interesse dos alunos pelo conteúdo não é o único benefício. Acompanhe: 

Quais são as vantagens da gamificação na educação?

Engana-se quem pensa que a gamificação na educação está relacionada apenas com o engajamento e o interesse dos alunos.

Ao utilizar técnicas próprias dos jogos no processo de ensino e aprendizagem, é possível identificar uma melhora no desempenho dos alunos.

Entender isso não é difícil: quanto mais engajado e interessado um aluno pelo conteúdo, maior tende a ser o nível de conhecimento adquirido, certo?

Confira, a seguir, algumas das principais vantagens da gamificação na educação:

  • Mais interação: os alunos participam mais das aulas e interagem mais entre si
  • Aulas dinâmicas: com a gamificação, a aula sai do tradicional 
  • Novas habilidades: a gamificação proporciona criatividade, autonomia e colaboração
  • Mais motivação: o engajamento proporcionado pelos jogos também desperta a curiosidade e aumenta a motivação
  • Maior retenção do conteúdo: quando o uso de jogos é permanente, a absorção do conteúdo aumenta
  • Protagonismo do aluno: quando o aluno se torna um jogador, aumenta o estímulo para que ele assuma o protagonismo no próprio aprendizado
  • Mais lúdico: o aprendizado se torna mais leve, divertido e agradável. Estudar não precisa ser um exercício chato, tedioso e exaustivo

Agora que as vantagens da gamificação na educação estão claras, chegou a hora de entender como aplicar os conceitos de jogos à educação.

Como aplicar a gamificação na educação

Para aplicar a gamificação na educação, você precisa conhecer as dinâmicas dos jogos.

Tudo começa pelas missões e desafios, que são o ponto de partida para criar a narrativa.

Depois, surgem as fases, os pontos e prêmios ao longo da jornada, cada vez que um objetivo é atingido.

Especialistas em gamificação, os autores Gabe Zichermann e Christopher Cunningham citam diversos elementos de jogo que são úteis para quem deseja aplicar a gamificação na educação:

  • Desafios
  • Missões
  • Pontos
  • Níveis
  • Placar
  • Divisas
  • Integração
  • Loops de engajamento
  • Personalização
  • Feedback

Mas como se constrói a narrativa para os games? Como utilizar esses elementos na prática? 

Os autores também citam mecânicas de jogo que, sozinhas ou combinadas, podem ser utilizadas por quem está montando um game focado no aprendizado. São elas:

  • Reconhecimento de padrões: busca por padrões para desvendar o jogo
  • Coleta: explora a característica humana de reunir materiais úteis no futuro
  • Surpresa e prazer inesperado: têm potencial de gerar engajamento duradouro
  • Organização e ordem: SimCity e Tetris exploram a organização de elementos
  • Presentes: são utilizados para promoção ou recrutamento
  • Reconhecer para realizar: entender como funcionam as regras para prosseguir
  • Liderança: recompensa foca no poder de liderança do jogador
  • Fama: está relacionada à influência sobre os outros
  • Tornando-se herói: dá protagonismo ao jogador
  • Status: define hierarquias dentro do sistema
  • Crescimento e cultivo: aqui, o jogador precisa zelar por determinado ambiente para fazê-lo crescer

E aí, teve alguma ideia para trazer a gamificação ao seu dia a dia?

Para auxiliar nesse processo, montamos um passo a passo simplificado:

Interaja com os games

É preciso conhecer a lógica dos games para explorá-los no aprendizado. Se você não tem o hábito de jogar, conheça jogos eletrônicos e de tabuleiro, experimente em diferentes plataformas, de diferentes tipos e várias faixas etárias para obter insights.

Conheça o público-alvo

O que o seu público-alvo joga? Pelo que ele se interessa? Onde obtém informações? O que chama a atenção dele?

Reunir essas informações é essencial para você acertar no tipo de game que vai adotar.

Defina os objetivos com o game

Qual a sua proposta com o game? Você quer aumentar o conhecimento dos seus alunos em determinada disciplina? Quer ensinar uma nova linguagem aos seus funcionários? Quer que os estudantes interajam mais entre si? Quer simplesmente unir a equipe e permitir que se conheçam melhor? 

Defina a missão e o objetivo do game

Qual o propósito da partida? Pode ser terminar uma tarefa mais rápido, chegar em primeiro, responder mais perguntas, conquistar mais pontos, etc. Aqui, o objetivo de quem joga precisa estar alinhado aos objetivos que você tem para o game.

Desenvolva uma narrativa

Todo jogo exige uma narrativa: a história que será contada ao longo de cada etapa. O que os jogadores terão de fazer para passar de fase? Qual o propósito maior do jogo? Como os eventos vão se conectar para fazer sentido? 

Defina a plataforma

Vai ser uma competição ao ar livre, um jogo de tabuleiro dentro da sala de aula ou um game mobile, com os alunos jogando nos celulares? Há outras possibilidades, mas essas são as mais comuns quando se fala em gamificação na educação.

Essa definição vai impactar decisivamente os custos do projeto e os resultados que você obterá, afinal, um game mobile tende a ser escalável: pode ser usado por diversos usuários ao mesmo tempo, em locais distintos.

Crie as mecânicas do jogo

As mecânicas do jogo são as regras: elas definem o que é necessário fazer para avançar em cada etapa, o que pode e não pode ser feito, quem ganha, quem perde, quem morre, etc. Definir as mecânicas de jogo é uma das tarefas mais complexas, porque elas são o esqueleto ao redor do qual o jogo será montado.

Defina a pontuação e a premiação

Finalmente, é hora de definir os critérios de pontuação e premiação. Qual será o prêmio para o vencedor? Como as pontuações variam entre si? Como elas são distribuídas para cada jogador e em cada fase? Como os bônus impactam nesse processo?

Conclusão

Agora chegou a sua hora de agir e dar os primeiros passos para tirar suas ideias do papel. 

Você já sabe que a gamificação é capaz de estimular o engajamento e o interesse dos alunos, o que impulsiona a absorção de conteúdo e o aprendizado. 

Além disso, você já é capaz de montar uma ideia de jogo completa, com os principais elementos que a farão funcionar.

Se o objetivo é criar um game mais elaborado, para uso em celulares, por exemplo, é hora de pedir a ajuda de profissionais capacitados e especializados no assunto, que tenham experiência comprovada.

Na Bravi, nós acreditamos que os games são uma ferramenta muito poderosa para empresas que desejam estimular o conhecimento dos funcionários.

É por isso que desenvolvemos o Bravi Quiz: uma ferramenta em que os jogadores se desafiam entre si, em duelos de conhecimento a respeito de um conteúdo definido pelos gestores.

Jogado no celular em ciclos curtos, de um minuto, o game pode ser customizado para diferentes necessidades, e já se provou um sucesso para empresas de diversos portes.

Uma delas foi Cambridge Assessment English: eles precisavam de uma maneira de difundir o estudo da língua inglesa ao redor do mundo, e foi na gamificação que encontraram a solução. 

O Quiz Your English, game que resultou dessa parceria, já teve mais de 650 mil downloads em todas as partes do mundo. 

Bacana, né? Estamos à disposição para conversar, caso você queira realmente colocar a gamificação em prática.

E você, como aplica a gamificação na educação? Compartilhe conosco suas impressões!